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Cenas diferentes
Postado por Cristiana Lôbo em 30 de junho de 2010 às 20:00

      É claro que algum tucano dirá que a campanha ainda nem começou. De fato, ela só começa com a propaganda eleitoral que, neste ano, será a partir de 17 de agosto. Neste começo de julho, eles já podem começar a arrecadar as doações. Mas, de longe – estou de férias por duas semanas – e vejo situações muito diferentes para os dois principais candidatos, Dilma Rousseff (PT) e Jose Serra (PSDB).

      A sequência de boas notícias para Dilma Roussef comecou com a pesquisa Ibope, na qual ela superou com certa folga José Serra. Como esta já é uma campanha polarizada, quando ela sobe, logo Serra cai. O mesmo placar foi confirmado agora pela pesquisa Vox Populi. Mas a política é feita de gestos. E mais do que o resultado das pesquisas, os gestos em direção a Dilma têm sido mais favoráveis – bem mais. Para José Serra, tudo parece mais um inferno astral.

     Não bastassem os números das pesquisas, outros dados para Dilma são positivos. Isso, sem falar na crise que se instalou na campanha tucana por conta da escolha do vice. Isso teve desfecho hoje. Mas sé de imaginar que o DEM cogitou deixar o apoio a Serra, é sinal de que as coisas para ele estão para lá de ruins.

      Não quer dizer nada para Dilma mais 20 segundos de televisão destinados pelo PSC, que agora passa a apoiá-la. Mas a saída do nanico do campo de Serra mostra que do lado dele não está sendo bom. O PSC conversou muito com Serra, foi proclamado aliado e, agora, nesta hora que é difícil para o tucano, o partido sai. Pelo noticiário também se vê outras dificuldades para o PSDB. No Ceará, por exemplo, terra sempre boa para o partido, agora, ele fica espremido com o largo campo de apoio a Lula.

      Os exemplos não param. O Paraná, que era um território bom para o tucano, agora começa a virar com a candidatura de Osmar Dias ao governo, embora lá o tucano Beto Richa ainda seja o mais forte.

     Tudo isso acontece numa situação curiosa: Serra é o experiente em política e Dilma é a novata. Mas, no caso, faz muita diferença a forma como o PT faz política – ciscando para dentro, como se dizia. O PSDB, a esta altura, está com dificuldade até de ciscar.

Igor Miranda